Mulher Mãe, Mãe Mulher: maio 2016

Ó Vizinhos! 🙋🏽 Dia Mundial dos Vizinhos 🙌

Este ano o Dia dos Vizinhos assinala-se hoje, dia 27 de Maio, uma sexta-feira pós feriado, para muitos a jeito de fim-de-semana prolongado. Por isso foram muitas as Câmaras Municipais e Juntas de Freguesia a associar-se a este dia e a preparar festejos com actividades para vizinhos de todas as idades, festas e romarias para fomentar a relação de pessoas estranhas, que vivem ao lado umas das outras, e que por vezes são completos estranhos, mas outras vezes são mais próximos que alguns familiares e são quem nos acode primeiro em todo o tipo de situações.

Eu já vivi num bairro onde os vizinhos eram praticamente família, onde nos juntávamos para conviver, onde tínhamos as portas sempre abertas durante o dia, onde as crianças brincavam na rua ate anoitecer. Um género de comunidade no meio da imensidão que é Lisboa, onde era frequente ouvir: "Ó vizinha não me arranja um pezinho de salsa!?", "Ó vizinho não me vem ali ajudar a mudar um móvel!?", "Ó vizinha vou ali às Amoreiras, não precisa de nada!?", "Ó vizinho estava a fazer um bolo e falta-me um ovo e uma chávena de açúcar, não tem ai a mais!?", "Ó vizinhos amanhã vou fazer um churrasco! Traga de lá a sua famosa mousse de chocolate!", "Ó vizinha vou ter que ir ali num instante, não me fica com os miúdos um bocadinho!?"...

Ié Ié Ié! Campolide é que é!

💜

Depois mudei-me para o Lumiar, para um prédio enorme, rodeado de uma imensidão de outros prédios enormes, cheios de gente. Estive lá uns anos, ainda lá vive família, mas nunca foi mais do que uma casa. De onde saia ao inicio do dia e para onde voltava ao final do dia.

Havia miúdos a ir bater à porta para pedir rebuçados, uma ou outra vizinha com mais idade para pedir ajuda para ler as cartas trazidas pelo carteiro, outros para pedir ajuda a meter o IRS, e raramente alguém para pedir um ovinho ou uma ajudinha para isto ou aquilo.

Alguns nem bom dia nem boa tarde, mesmo quando entravam no elevador ou passavam por nós na entrada do prédio.

💛

Depois vim viver para São João com o P., e apesar de haver muita gente, às vezes parece que estou no meio do campo. Não conheço os vizinhos. Tive muito pouco contacto com eles. Uns apenas porque o gato foge muitas vezes aqui para o nosso jardim e volta e meia estão os donos a chamar por ele. Uma vez foi mais arisco e subiu para o telhado, era tarde já e por isso fui eu que ao ouvir e ver pela janela a suplicarem que o gato descesse, lá abri a porta para os ajudar.

Outros só um "está bola é tua!?", "Este brinquedo é teu!?", no início, porque agora quando apanho aqui alguma coisa de miúdos que não é cá de casa, atiro automaticamente para o quintal do vizinho.

Outras o contacto que tenho é ouvi-las, em alto som a refilar com os cães ou com os netos, ou com a televisão e a vida no geral.

Acho que conheço melhor os empregados do pingo doce do que propriamente as pessoas que vivem ao meu lado...

💚

Depois há os vizinhos em Viseu, onde vive a minha família materna e onde passo férias.
Vizinhos que se tornam parte da família. Que tomam conta das nossas coisas se não estamos. Que nos dizem" Ó vizinha! Amanhã vou usar o forno a lenha por isso se quiser lá ir usá-lo esteja à vontade!", e entretanto faz-se uma almoçarada com os vizinhos em pleno ar livre, onde cada um trás cadeiras, comida e bebida, e uns docinhos à maneira.

Depois do repasto, as crianças brincam juntas, os adultos jogam às cartas, conversam e partilham histórias.

É umas das minhas coisas preferidas nas férias. O muro dos meus Tios, onde nos sentamos à sombra, em dias quentes de verão, depois de uma comidinha fantástica. O som dos miúdos a brincar, que já foi meu e agora é do V., dos primos e amiguinhos da vizinhança. O som da risota e do mau-perder da jogatina.

Aiiii e nem vos falo do "Porco na banheira"!!!!

❤

Pois é... existe todo o tipo de vizinhos, afinal são pessoas, todas diferentes, com as mais variadas personalidades, manias e maneirismos.

E a relação que temos com eles, provavelmente está minada por essas variáveis, e outras relacionadas com o próprio sitio físico onde vivemos.

Diferenças e empatias à parte, a verdade é que a boa vizinhança é uma coisa que se constrói, que se pode sempre melhorar, e que é muito importante.

Não vivemos sozinhos neste mundo, precisamos todos uns dos outros. E muitas vezes é o vizinho quem mais perto está, e quem numa situação urgente nos poderá auxiliar prontamente.

Por tudo isso e por tudo mais, devemos respeitar os nossos vizinhos, ajudá-los caso necessário, cumprimentá-los quando os vemos... Pequenas coisas do dia-a-dia, que parecem simples podem fazer toda a diferença para uma vizinhança feliz, respeitosa e empática.

😉
Lembrem-se disso, e tenham um bom dia Vizinhas e Vizinhos por este Mundo fora!

Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.

10:31
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Dia Internacional de Crianças Desaparecidas 💔

#APCD

APOIO 24 HORAS (Nº DE EMERGÊNCIA) - 707 201 441

A APCD - Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas assinalou hoje, dia 25 de Maio, o Dia Internacional de Crianças Desaparecidas, com uma campanha onde dá enfoque na questão da pedofilia.

São muitas as crianças levadas das suas famílias para serem exploradas sexualmente. Eu escrevo estas palavras e dá-me um aperto no coração. É impossível não "falar" disto sem ficar com um nó na garganta... 💔

Depois de ter sido mãe, tenho descrito várias vezes que é como se sentisse uma dorzinha cá dentro, um nó apertadinho, com uma sensação de que nunca mais o vou deixar de sentir. Certamente será um misto de medos e receios de que algo de mal aconteça, que eu não consiga protege-lo sempre que for preciso, uma impotência tremenda.

Antes de ser mãe, de ser tia, de ter pequenos seres ao meu cuidado, de me sentir responsável por eles e pelo seu bem-estar, de ter uma necessidade enorme de os proteger de todo o mal... Já sentia este aperto, só de pensar naqueles pais, naqueles irmãos, naquelas famílias, naquelas crianças que são arrancadas do seu lar, das suas famílias, da sua vida de amor e protecção, para algo que eu nem consigo descrever... para uma vida de horror e de sofrimento... Quiçá as que acabam por morrer não tenham tido melhor sorte.
Eu sei, é cru. É doloroso dizer isto. Mas acho que nesta situação, seria menos doloroso.

Nunca me hei-de esquecer do caso do Rui Pedro. Do rosto sofrido de sua mãe, ao longo dos anos foi como se a tivéssemos visto morrer dia após dia... 😩 E do rosto da irmã, numa reportagem que vi.

Não imagino a dor que lhes vai no coração e na alma. A capacidade e força que esta família tem tido para continuar, a esperança que nunca se esvai, a luta constante em tentar saber e perceber o que aconteceu com o Rui Pedro.

Já rezei por ela. Já lhe enviei muita força. Espero que na altura lhe tenha chegado. Espero que hoje chegue a todas as mães, pais, famílias a quem lhes foi "arrancado" dos braços alguém.

Enquanto escrevo estas palavras dou também graças por ter o meu filho a dormir descansado, depois de ter gasto energias a brincar com o papá, no conforto do seu lar. Os meus sobrinhos, cada um também a esta hora a dormir na sua cama, em paz. E rezo para que seja sempre assim. E rezo por um mundo onde todas as crianças adormeçam no conforto do seu lar, rodeadas de amor, sem medos ou receios de que algo lhes aconteça.

Hoje acabo o meu dia assim. Com um aperto no coração. Com um nó na garganta. Com o medo presente no coração. Embora com a alegria ténue de que está tudo bem. Que "não há razão para ter medo, o V. está aqui ao meu lado. Está seguro. Por agora está tudo bem. Relaxa Belinha".

Um grande abraço a todos os que infortunadamente estão a passar por esta situação, com toda a força, fé e esperança que vos possa enviar, do fundo deste coração de mãe/tia/irmã.

Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.

23:36
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Um bocadinho de Humor, Se Faz Favor! #2 - São Pedro, o bipolar descompensado... ☔🌞

chuva

12:16
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Feliz Dia do Abraço! 💚

#abraço

O Abraçinho mais amoroso da Mamã

💛

Hoje comecei o dia com abraços, ainda mesmo antes de me lembrar que hoje era o seu dia.

Primeiro um abraço de amour a dois, quente e que sabe tão bem, (e perigoso também hihihi).

Depois um abraço a três de muito amour também, com um sorriso de boxexas gordinhas coradinhas que nos derretem o coração...
Aiii é uma das minhas coisas preferidas de sempre. Quando o Petit V. acorda e pede para vir para a nossa cama para um bocadinho de miminho de ronha, com muitos abraçinhos doces e muito "beijoco" de mamã.
Não há melhor maneira de começar o dia!

👥

E o Abraço sempre foi uma das minhas coisas preferidas!

O abraço que dava depois de muitos beijinhos de despedida sempre que estava com o meu Vô. Depois de o perder, deixei de dar abraços. Sentia-me esquisita sempre que tinha que dar um, não queria mais, talvez porque queria preservar o abraço dele.
Mas como o abraço é importante demais para ser deixado, para não se dar, para não o partilhar com quem amamos, com quem precisa, com quem não conhecemos, eu voltei a dar abraços, e voltou a ser algo tão bom e indescritível.

💚

Na verdade é algo tão intimo que mesmo eu, que sou capaz de o dar a alguém estranho, não sou capaz de o dar assim do nada, sem ser sentido, ou obrigado, como aqueles beijos de bochecha a bochecha que damos por educação (sei lá bem porquê!!! Hoje já não dou beijos a quem não quero...).

Uma vez, aproveitei este dia para dar uma aula sobre o Abraço e a sua importância na nossa vida, no nosso dia-a-dia, no nosso bem-estar físico e emocional, aos meus alunos da Universidade Sénior. E no final propus que nos juntássemos ao movimento "Abraços Grátis" e fossemos para as ruas dar um abraço a quem quisesse recebe-lo. Esta parte acabou por não acontecer. Eles não se sentiam à vontade com isso. Chegou-se à conclusão durante a discussão no final da aula, que o abraço era uma coisa tão intima que não estavam preparados para o partilhar assim com qualquer pessoa, embora acreditassem que o eram capazes de dar a alguém desconhecido em determinadas situações que presenciassem.

👥

O Abraço faz bem à saúde!
À nossa saúde física e emocional.

Quando damos um abraço libertamos oxitocina e endorfinas, que estando ligadas à sensação de bem-estar, conduzem a que nos sintamos mais felizes. Um abraço ajuda-nos a regular a pressão arterial e a reduzir os nossos níveis de stress e ansiedade. A aliviar momentos onde sentimos raiva, frustração ou sentimentos depressivos.

Um abraço entre duas pessoas pode confortar mais do que mil palavras num momento menos bom.

Um abraço de uma mãe acalma, conforta, é um mimo que cura dói-dóis e medos.

Um abraço entre um casal ajuda em todas as ocasiões. Diz "está tudo bem, estou aqui para ti", confortando-nos se estamos a passar por alguma situação menos positiva; funciona como meio de comunicação e diz "amo-te", "adoro-te", quero-te", "desejo-te". Pode ser o terno começo de um momento intimo entre o casal e/ou o fim relaxante do mesmo.

Um abraço entre estranhos pode criar empatia, transmitir confiança, dar apoio.

(...)

Acreditem! Um abraço pode mesmo ajudar alguém.

Por isso, só posso desejar um FELIZ DIZ DO ABRAÇO a todos e aconselhar-vos a abraçarem! Abracem quem amam, quem vos faz sentir bem, quem precisa. Abracem muito!

O abraço é grátis! Não custa nada. E faz tãooooo bem...

Bisous, com um grande abraço, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.

18:26
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É SEX(ta)-Feira! #5 🚫

#sex(ta)-feira

10:55
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O Lado Negro da Maternidade #2 - Ficar com o bebé em casa até aos X meses/anos.

decisões

Eu ainda estou em casa com o PetitV, porque pudemos, porque teve que ser, por que assim quis o destino e assim o quisemos nós.

Mas em breve, no próximo ano lectivo, e se tudo correr bem, ele irá para o colégio. Agora sim, que achamos que ele já tem maturidade para tal.

Mas explico melhor. Uma vez em conversa com uma enfermeira pediatra, percebi que o meu instinto maternal de que todas deveríamos ter a opção de poder ficar com os nossos bebés em casa pelo menos no 1º ano de vida, ainda melhor se nos 2, estava certíssimo! Quando ela me explicou que quando os pais lhe perguntavam: "agora é melhor ele ir para a escolinha, não é!? Precisa de estar com outros meninos." Isto com 6m, 12m, 24m...

Ela disse-me que a resposta que dava sempre era bem parecida com aquilo que eu penso. E aquilo que eu penso é mais ao menos o seguinte: "então o nosso bebé está em casa connosco, no seu espaço, com a pessoa em quem ele mais confia, precisa e quer. Come a seu tempo, tem o mimo que precisa, o colinho, a atenção, ele é prioritário e todas as suas necessidades são atendidas. Está inclusive predisposto a menos doenças, muito comuns nos primeiros anos de vida.

Agora imaginem, que ele vai para um sítio estranho, cheio de pessoas estranhas, vai ter que esperar pela sua vez para tudo, vai ter que repartir o tempo de cuidados com outros, vai ter que chorar, stressar, ansiar, lidar com uma quantidade de emoções que não vai compreender, não vai saber lidar com elas nem saber expressa-las. Vai ter que lidar com o "abandono" daqueles que supostamente o deveriam proteger de tudo o que lhe possa causar essas emoções "negativas" (não se esqueçam que eu estou a ver isto pelo primas dos nossos bebés!!).

Entretanto como vai para esse "inferno", vai ter que tomar mais umas quantas vacinas, que ao ficar em casa não eram necessárias, e mesmo tomando vai apanhar uma catrefada de doenças, infecções, vírus e afins, uma catrefada de vezes.

E agora deixo a questão com que a enfermeira termina a exposição que faz aos pais: "acha mesmo que ele precisa de ir para a escolinha já!?".
Não teve gastrites, gastroenterites, bronquiolites e tantas outras "ites" comuns nos primeiros anos de vida, e frequentemente "apanhadas"quando vão para berçários e creches. O que não quer dizer que não tenha agora, quando for para a creche, estas e outras como a varicela e afins, mas agora ele já é mais crescido, o sistema imunitário dele tem maturidade suficiente para lidar com elas.

E também ele próprio, terá maturidade suficiente para as mudanças, para lidar com as novidades e transformações que vão ocorrer nesta nova fase da sua ainda pequena vida.

Mas com tudo isto, eu só quero ressalvar a importância de podermos "ESCOLHER", optar pelo que achamos melhor. E isto é uma coisa em que eu tenho fé. Com as pequenas mudanças que se vão fazendo no alargamento do tempo da licença de maternidade, com a possibilidade de encurtar o horário laboral aos pais de crianças até aos 3 anos, e muitas outras que espero ainda ver serem feitas pela natalidade do país, mais ainda mais pelo bem-estar das crianças e famílias. Que as famílias possam tomar as suas decisões, optar por escolher o que querem fazer, como querem fazer e quando o querem fazer. Sem medos, sem stress, sem represálias.

E quando o PetitV entrar nesta nova fase, cá estaremos para o ajudar a adaptar-se, cá estaremos a viver cada mudança sempre na sua guarida, prontos para lhe dar um empurrãozito, para dar colinho, para ensinar e sermos ensinados. (Sim, porque acho que me vai custar muito mais a mim do que a ele, bahhh)
E então partilharemos aqui novas ânsias e novas conquistas!
Até lá, vou aproveitando cada dia que ainda tenho sozinha com ele, com ele todo para mim! 😛
Sim, que isto tem que ser muito bem aproveitado, porque ele cresce todos os dias a olhos vistos, e está cada vez mais independente de mim! bahhhhh

Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.

11:36
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Dia Internacional dos Museus cheio de coisas giras e grátis para fazer! 😊

#Diainternacionaldosmuseus

10:03
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Hoje é o 1ºDia Nacional contra a Homofobia e Transfobia, com direito a bandeira hasteada na Câmara Municipal de Lisboa. 👍🏽

#1ºdianacionalcontraahomofobiaetransfobia

12:31
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Nova esperança para quem sofre de enxaqueca. 🎉 Olha que notícia boa!

dores

A enxaqueca é uma doença sem cura e pode ser muito incapacitante.

Eu já sofro e lido com ela há mais de 10 anos.

No meu caso deveu-se a um acidente de viação que tive, onde o choque foi tão grande que o movimento que fiz com o pescoço e cabeça "me abanou os parafusos todos dentro da cabeça e ficou tudo fora do sítio". Mas não foi nem é caso para risota. Costumo até dizer que preferia ter partido um braço ou uma perna no acidente, ao menos assim já estava sarado.

Dois dias depois do acidente, fui parar ao hospital com vómitos e uma dor de cabeça estrondosa. Andei de médico em médico nas urgências, fiquei horas a soro por causa dos vómitos, fiz exames e mais exames, até que um médico espanhol fantástico, na 4ª mudança de turno que apanhei depois de uma noite e dia inteiros a ser vista e revista, se lembrou que podia ser enxaqueca.
A partir daí foram TAC's e exames coloridos, consulta no neurologista e acabei por ser seguida pelo neurologista da minha Mãe.
Depois disso, tinha crises em momentos de mais stress, épocas de exames na faculdade e afins. Comecei a tomar medicação para as dores, para os vómitos e calmantes naturais aquando de alturas em que sabia de stress para prevenir as crises. Quando eram crises eu ficava sensível à luz e ao barulho, tinha que ficar no escuro e silêncio (os meus irmãos tinham um cuidado fantástico nessas alturas para não fazerem barulho e não me incomodarem 💙), em algumas das crises tinha vómitos também, e praticamente sempre ficava com a visão desfocada.

Um ano depois começou a enxaqueca associada à menstruação. Como se já não bastassem as dores horríveis de barriga e rins, a dor de cabeça veio juntar-se à festa. A enxaqueca começou a ser o "alerta" para o dito cujo. Dois dias antes do período aparecer, aparecia a enxaqueca a alertar a bom som!

Entretanto a medicação aliviava tão pouco os sintomas e a dor, que preferia na maioria das vezes lidar com a dor do que tomá-la. Eu que sempre odiei tomar comprimidos e por no corpo porcarias.

Experimentei todas as mezinhas que encontrava pela internet. Usava batatas na cabeça, comprei todo o tipo de mascaras de gel frio, experimentei posições de yoga, chás, deixei de lado determinados alimentos, eu sei lá quantas mesinhas, só não experimentei acupunctura por causa da minha fobia a agulhas!

Acabei por aceitar tomar a pílula para ver se ajudava, no início até aliviou e apesar da dor de cabeça todas as alturas chatas do mês, deixei de ter crises grandes. Mas passados os primeiros 5ou6meses as dores voltaram.

Entretanto há 3 anos atrás, dois anos depois de ter começado a tomar a pílula deixei-a para treinarmos a vinda do PetitV., aquando dos treinos, durante o coito comecei a ter dores de cabeça tão grandes que ficava sem ver. Além de perder a visão por minutos, vinha o vómito associado e uma dor tão grande que parecia que a minha cabeça ia explodir.

A minha avó paterna morreu com um aneurisma que rebentou na cabeça de repente, tinha eu 3anos.

Depois disto acontecer algumas vezes, entre Novembro e Dezembro, o P. ficou alertado, mas como eu tinha uma consulta de rotina com o neurologista no inicio de Janeiro, lá o convenci a aguardar até lá.
Fomos os dois à consulta e quando expliquei a situação, o neurologista disse-me que agora também tinha a enxaqueca associada ao coito.

Quoi!? Mas isso existe!? WTF!? (foi o meu pensamento ao ouvi-lo tão tranquilamente a dizer-me aquilo)

"E o que podemos fazer acerca disso?" Perguntei eu esperançosa. "Nada. Pode tomar comprimidos para o enjoo 30m antes de ter relações sexuais, por causa dos vómitos." Pois... (isto fica para outra conversa...)
Entretanto durante a gravidez disseram-me que tanto havia a possibilidade de ter crises grandes como a de não ter enxaqueca. E tive sorte porque não tive dor de cabeça nem uma única vez. 😊
Depois fiquei alarmada porque li algures que os bebés de mães com enxaqueca têm mais cólicas e são mais irrequietos. Também tive sorte, o V. teve cólicas uma semana, nem tanto. E era um bebé muito tranquilo.

Também fiquei com receito de ter crises nos primeiros meses pós-parto, devido à privação do sono. Mas também tive a sorte de não ter acontecido.

Mas após alguns meses do período voltar, também voltaram as dores. Ainda a semana passada tive dores de cabeça horríveis, mas agora sou mãe, e as dores ficam para segundo plano. Não posso ficar deitada no escuro o dia todo, é impossível estar em silêncio absoluto. Dei comigo a deixar o V. a brincar com o ipad na sua cadeirinha enquanto, literalmente, batia com a cabeça na mesa! bahhh
Valeu-me a medicação para aliviar as dores e conseguir adormecer.

Por isso, quando hoje à hora de almoço, enquanto estava em vídeo-conferência com a minha mãe, madrinha, prima e marido, elas me disseram para pôr na Rtp1, porque estavam a falar de uma inovação para quem sofre de enxaqueca, fiquei super curiosa sobre o que seria.

O V. estava a dormir a sesta, e só agora consegui vir ver de que se tratava. Está a partir de hoje disponível nas farmácias um dispositivo portátil e não invasivo que transmite estímulos eléctricos ao cérebro que inibem a dor.

A primeira coisa quando o vi foi, fantástico, ainda por cima parece um objecto de um filme qualquer de ficção cientifica, lol. Mas desde que funcione, não importa se parece que vou para uma convenção do StarWars.

Tem que ser usado uma vez por dia pelo menos, durante 20m. Também não há problema, se isso significa adeus dores, mal-estar, crises, vómitos e tudo mais...

Mas 300€ pelo aparelho é que já vai ser mais complicado. Existem mais de 1milhão de pessoas em Portugal a sofrer de enxaqueca, e acredito que para a maioria delas, a sofrer bem mais do que eu, não vai ser um investimento fácil.

Eu cá, por enquanto não me parece que o vá fazer. Mas se começarem a voltar as crises graves, é um investimento que vou ter em consideração, sem dúvida.

Veja a notícia aqui.

Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.

21:31
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Feliz Dia Internacional da Família! 💜

#diainternacionaldafamilia

17:28
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Olha o Bikini/Trikini/fato-de-banho fresquinho!!! 👙

#funkyproject

11:36
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⛪ Nossa Senhora de Fátima 💛

#NossaSenhoradeFatima

Hoje festeja-se a Aparição da Nossa Senhora aos Pastorinhos.

Durante as últimas semanas vi e ouvi histórias sobre Fátima, milagres, peregrinos, doenças, fé, problemas e soluções para os males das pessoas e do Mundo...

Hoje, os olhos e coração de Portugal, dos Portugueses, dos católicos, de pessoas de todas ou nenhuma fé, do Mundo inteiro, estão postos em Fátima.

Eu sou daquelas pessoas que não gosta de ver e muito menos postar coisas sobre religião, política ou futebol. Porque cada um tem a sua, cada um merece respeito pelas suas escolhas, e cada um deve respeitar o outro pelas suas escolhas também.

E se muito raramente o faço, sem dúvida que mais será por causa do SCP ou SLB ou por politiquices que me tiram do sério, mas sobre religião quase que era capaz de jurar que "nunca" o fiz. E só porque não me lembro mesmo de o ter feito, mas não quero mentir.

Eu sou católica, cada vez menos praticante (pode ser que me torne mais se a Igreja evoluir qualquer coisita, tenho esperança que sim, tenho fé no Papa Francisco, apesar de saber que ele também não pode fazer tudo sozinho), vou a missa, adoro ir a Fátima (é sem dúvida um local de paz e tranquilidade), andei num colégio de freiras (inclusive durante muitos anos da minha vida queria ser uma), tenho presente na pessoa que sou muitas das coisas que ser cristão é (amar o próximo, ajudá-lo, respeitá-lo,...) e até já fui visitar o Vaticano.

Mas hoje só partilho este post porque senti que o deveria fazer. E porquê!? Porque sou mãe, porque já rezei a Nossa Senhora pelo meu filho, estava ele no meu ventre na eminencia de ter que sair a qualquer momento e na esperança que saísse bem e vivo. Depois quando ficou internado com 1 mês e meio de vida, rezei para que não fosse nada de grave e continuei a pedir-Lhe que não chegassem maus resultados, e que se um dia chegassem que me desse forças e fé.

Sim, eu sou daquelas pessoas que reza quando se vê aflita, que muitas vezes se esquece destas coisas da fé e crença quando tudo está "bem"... Confesso. E dou graças mesmo assim, por nunca ter precisado de perceber se a minha fé seria ou não suficiente.

Mas, a minha ligação à Nossa Senhora já vem de longe, quando há 33 anos atrás, feitos daqui a um mês, a minha Mãe me colocou nas mãos Dela, na eminência de eu nunca ver a luz do dia, e de partir para junto Dela no dia em que fosse retirada do corpo da minha mãe, sem que esta mesma me pudesse ver, tocar, sentir...

E eu acredito, que a prece da minha Mãe à Nossa Senhora de Fátima foi ouvida... Senão, eu não estaria aqui neste momento para Lhe agradecer. Acabei por ser baptizada uns meses depois, no dia da Nossa Senhora da Conceição, mas na Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
Uma Fé na Nossa Senhora de Fátima que senti ao ver a minha Madrinha, durante muito tempo de joelhos a pagar promessas pela saúde da minha prima, e ainda numa idade em que não percebia bem o porquê daquele sofrimento, daquela violência física para se "pagar uma promessa"... Não entendia, não percebia, não conseguia compreender, simplesmente não me fazia sentido algum... Mas compreendo agora, percebo, e talvez fizesse o mesmo pelo meu V.

Também acredito, que há uns anos atrás, aquando num acidente de viação onde ia eu, o meu pai e dois dos meus irmãos, Ela estava presente. Eu senti. Eu senti umas mãos gigantes a pegarem-nos e no momento em que abri os olhos a primeira coisa que vi foi a sua imagem a minha frente. O que senti não foi "real", palpável, mas senti-o. A imagem era real, era uma estátua que andava sempre no carro connosco e que foi parar exactamente a minha frente no meio daquelas voltas e reviravoltas. E se as pessoas dos carros alheios quando nos viram puseram as mãos à cabeça e disseram: "pensei que estavam todos mortos!", eu senti uma calma estranha de que estava tudo bem. E estava. O carro foi-se, mas nós estávamos todos bem.

Todos nós, muito provavelmente, temos uma ou outra situação, nas nossas vidas ou dos nossos, em que pedimos ajuda a algo ou alguém, em que sentimos a presença de algo superior a nós, algo que não tem explicação... Em que repensamos a nossa fé... Em que nos agarramos com todas as forças às nossas crença e temos fé que tudo corra bem...

Ou não...

O importante hoje é que eu só espero que todos os peregrinos cheguem bem ao seu destino, que as preces de todos sejam ouvidas, que as pessoas usem a sua fé pelo seu bem e o dos outros, que essa fé lhes encha o coração e a alma.

E que o maior desejo seria que um dia toda e qualquer pessoa pudesse ter fé, pudesse viver com as suas crenças, sem que houvesse qualquer tipo de consequência negativa por isso. Que guerras e mortes por questões religiosas fossem algo de muito longínquo que os nossos filhos e netos aprendessem nas aulas de história só para saberem o privilégio que tinham de viver num mundo de respeito pela fé e crença de cada um... Era tão bom... Esta é a minha crença, e é nisto que mantenho toda a minha fé. Fé na Humanidade. Fé nas pessoas. Fé num futuro melhor para todos.

Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.