O Lado Negro da Maternidade #2 - Ficar com o bebé em casa até aos X meses/anos.

11:36




Eu ainda estou em casa com o PetitV, porque pudemos, porque teve que ser, por que assim quis o destino e assim o quisemos nós.
Mas em breve, no próximo ano lectivo, e se tudo correr bem, ele irá para o colégio. Agora sim, que achamos que ele já tem maturidade para tal.
Mas explico melhor. Uma vez em conversa com uma enfermeira pediatra, percebi que o meu instinto maternal de que todas deveríamos ter a opção de poder ficar com os nossos bebés em casa pelo menos no 1º ano de vida, ainda melhor se nos 2, estava certíssimo! Quando ela me explicou que quando os pais lhe perguntavam: "agora é melhor ele ir para a escolinha, não é!? Precisa de estar com outros meninos." Isto com 6m, 12m, 24m...
Ela disse-me que a resposta que dava sempre era bem parecida com aquilo que eu penso. E aquilo que eu penso é mais ao menos o seguinte: "então o nosso bebé está em casa connosco, no seu espaço, com a pessoa em quem ele mais confia, precisa e quer. Come a seu tempo, tem o mimo que precisa, o colinho, a atenção, ele é prioritário e todas as suas necessidades são atendidas. Está inclusive predisposto a menos doenças, muito comuns nos primeiros anos de vida.
Agora imaginem, que ele vai para um sítio estranho, cheio de pessoas estranhas, vai ter que esperar pela sua vez para tudo, vai ter que repartir o tempo de cuidados com outros, vai ter que chorar, stressar, ansiar, lidar com uma quantidade de emoções que não vai compreender, não vai saber lidar com elas nem saber expressa-las. Vai ter que lidar com o "abandono" daqueles que supostamente o deveriam proteger de tudo o que lhe possa causar essas emoções "negativas" (não se esqueçam que eu estou a ver isto pelo primas dos nossos bebés!!). 
Entretanto como vai para esse "inferno", vai ter que tomar mais umas quantas vacinas, que ao ficar em casa não eram necessárias, e mesmo tomando vai apanhar uma catrefada de doenças, infecções, vírus e afins, uma catrefada de vezes.
E agora deixo a questão com que a enfermeira termina a exposição que faz aos pais: "acha mesmo que ele precisa de ir para a escolinha já!?".
Não teve gastrites,  gastroenterites, bronquiolites e tantas outras "ites" comuns nos primeiros anos de vida, e frequentemente "apanhadas"quando vão para berçários e creches. O que não quer dizer que não tenha agora, quando for para a creche, estas e outras como a varicela e afins, mas agora ele já é mais crescido, o sistema imunitário dele tem maturidade suficiente para lidar com elas. 
E também ele próprio, terá maturidade suficiente para as mudanças, para lidar com as novidades e transformações que vão ocorrer nesta nova fase da sua ainda pequena vida. 
Mas com tudo isto, eu só quero ressalvar a importância de podermos "ESCOLHER", optar pelo que achamos melhor. E isto é uma coisa em que eu tenho fé. Com as pequenas mudanças que se vão fazendo no alargamento do tempo da licença de maternidade, com a possibilidade de encurtar o horário laboral aos pais de crianças até aos 3 anos, e muitas outras que espero ainda ver serem feitas  pela natalidade do país, mais ainda mais pelo bem-estar das crianças e famílias. Que as famílias possam tomar as suas decisões, optar por escolher o que querem fazer, como querem fazer e quando o querem fazer. Sem medos, sem stress, sem represálias.
E quando o PetitV entrar nesta nova fase, cá estaremos para o ajudar a adaptar-se, cá estaremos a viver cada mudança sempre na sua guarida, prontos para lhe dar um empurrãozito, para dar colinho, para ensinar e sermos ensinados. (Sim, porque acho que me vai custar muito mais a mim do que a ele, bahhh)
E então partilharemos aqui novas ânsias e novas conquistas!
Até lá, vou aproveitando cada dia que ainda tenho sozinha com ele, com ele todo para mim! 😛
Sim, que isto tem que ser muito bem aproveitado, porque ele cresce todos os dias a olhos vistos, e está cada vez mais independente de mim! bahhhhh 
Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.

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