Dia Internacional de Crianças Desaparecidas 💔

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A APCD - Associação Portuguesa de Crianças Desaparecidas assinalou hoje, dia 25 de Maio, o Dia Internacional de Crianças Desaparecidas, com uma campanha onde dá enfoque na questão da pedofilia. 
São muitas as crianças levadas das suas famílias para serem exploradas sexualmente. Eu escrevo estas palavras e dá-me um aperto no coração. É impossível não "falar" disto sem ficar com um nó na garganta...  💔
Depois de ter sido mãe, tenho descrito várias vezes que é como se sentisse uma dorzinha cá dentro, um nó apertadinho, com uma sensação de que nunca mais o vou deixar de sentir. Certamente será um misto de medos e receios de que algo de mal aconteça, que eu não consiga protege-lo sempre que for preciso, uma impotência tremenda.
Antes de ser mãe, de ser tia, de ter pequenos seres ao meu cuidado, de me sentir responsável por eles e pelo seu bem-estar, de ter uma necessidade enorme de os proteger de todo o mal... Já sentia este aperto, só de pensar naqueles pais, naqueles irmãos, naquelas famílias, naquelas crianças que são arrancadas do seu lar, das suas famílias, da sua vida de amor e protecção, para algo que eu nem consigo descrever... para uma vida de horror e de sofrimento... Quiçá as que acabam por morrer não tenham tido melhor sorte.
Eu sei, é cru. É doloroso dizer isto. Mas acho que nesta situação, seria menos doloroso. 
Nunca me hei-de esquecer do caso do Rui Pedro. Do rosto sofrido de sua mãe, ao longo dos anos foi como se a tivéssemos visto morrer dia após dia... 😩 E do rosto da irmã, numa reportagem que vi.
Não imagino a dor que lhes vai no coração e na alma. A capacidade e força que esta família tem tido para continuar, a esperança que nunca se esvai, a luta constante em tentar saber e perceber o que aconteceu com o Rui Pedro.  
Já rezei por ela. Já lhe enviei muita força. Espero que na altura lhe tenha chegado. Espero que hoje chegue a todas as mães, pais, famílias a quem lhes foi "arrancado" dos braços alguém. 
Enquanto escrevo estas palavras dou também graças por ter o meu filho a dormir descansado, depois de ter gasto energias a brincar com o papá, no conforto do seu lar. Os meus sobrinhos, cada um também a esta hora a dormir na sua cama, em paz. E rezo para que seja sempre assim. E rezo por um mundo onde todas as crianças adormeçam no conforto do seu lar, rodeadas de amor, sem medos ou receios de que algo lhes aconteça. 
Hoje acabo o meu dia assim. Com um aperto no coração. Com um nó na garganta. Com o medo presente no coração. Embora com a alegria ténue de que está tudo bem. Que "não há razão para ter medo, o V. está aqui ao meu lado. Está seguro. Por agora está tudo bem. Relaxa Belinha". 
Um grande abraço a todos os que infortunadamente estão a passar por esta situação, com toda a força, fé e esperança que vos possa enviar, do fundo deste coração de mãe/tia/irmã. 
Bisous, B. a Mulher Mãe, Mãe Mulher.


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